quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Às Minhas Amigas:


Vocês não precisam dos homens!

Também a mulher, tanto a viúva como a virgem, cuida das coisas do Senhor, para ser santa, assim no corpo como no espírito; a que se casou, porém, se preocupa com as coisas do mundo, de como agradar ao marido. I Coríntios 7.34.
Tenho conversado com muitas mulheres que têm dito ou demonstrado a sua preocupação em ter um namorado ou marido. O que parece é que pra elas, a vida da mulher só tem significado quando há homem ao lado, quando estão solteiras não conseguem ter uma vida independente e resolvida, antes, gastam a maior parte do tempo pensando em como arranjar o próximo “homem”. Preocupado com isso, gostaria de escrever algumas palavras de ânimo e lembrar algumas coisas que a Bíblia já fala. A intenção é fazer com que as mulheres sejam mulheres e não uma espécie de “apêndice” dos homens.
A Bíblia, por várias vezes, chama a atenção para a singularidade da mulher e da joia que ela é em Cristo. Ela é uma criatura de Deus à semelhança do homem (Gn 1.27); a quem foi dado o poder de gerar (Gn 3.16); a mulher graciosa é cheia de honra (Pv 11.16); a mulher sábia edifica sua casa (Pv 14.1); a mulher virtuosa (habilidosa) tem o valor maior que de muitas joias (Pv 31.10); a mulher temente ao Senhor é louvada (reconhecida) (Pv 31.30) e muitas outras coisas. A mulher tem um valor próprio dado por Deus, e as solteiras são chamadas a exalar esse valor e demonstrá-lo ao mundo.
Quando o feminismo começou a crescer e mulheres como Simone de Beauvoir[1], começaram a dar as caras na rua fazendo movimentos e protestos em favor dos “direitos” da mulher algo interessante surgiu. Por um lado, tínhamos as mulheres que de alguma forma estavam contentes com a vida que levavam, por outro as chamadas feministas, que, descontentes com a forma que eram tratadas pelos homens, resolveram levantar uma guerra contra o que chamavam de machismo. Não é a intenção deste artigo falar sobre o movimento feminista e produzir uma crítica sobre ele, mas algumas coisas podem ser observadas sobre o que um movimento fora da igreja pode produzir de bom ou ruim. É preciso notar e dar crédito ao direito trabalhista, de voto e, até o respeito que foi conseguido através dos movimentos feministas e, lamentar porque a igreja tantas vezes se calou diante de várias injustiças cometidas contra a mulher, igreja essa que é permeada por mulheres que sofreram caladas durante anos. Algo que deveria sim ter sido defendido pela igreja, já que é na sua regra infalível de fé e prática, a Bíblia, que encontramos algo claro sobre a primazia das mulheres no cuidado que a sociedade deve ter, “Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.” I Pedro 3.7. Estendendo o mandamento dado ao marido para toda a sociedade, deveria ser preocupação de todos os homens tratarem as mulheres com dignidade, entendendo que todos somos herdeiros da mesma graça. Por outro lado, há muitos problemas com o movimento feminista, principalmente aquilo que entendem por família e sua defesa do aborto. As mulheres cristãs são chamadas a mostrar que é possível ter feminilidade biblicamente orientada, e ensinar como isso pode ser maravilhoso para uma sociedade.
Mas eu quero chegar ao ponto final deste meu artigo. As mulheres solteiras além de valor intrínseco dado por Deus, elas têm uma função exclusiva no Reino de Deus. Elas são chamadas para cuidar das coisas de Deus com exclusividade. Ao invés de ficarem pensando em qual será o próximo namorado, elas devem cuidar para que o Evangelho seja pregado, devem cuidar para que a noção de feminilidade cristã seja ensinada nas igrejas e fora delas. Devem buscar a oração, o jejum, aprender mais sobre as Escrituras, se ocupar das coisas as quais elas não mais poderão fazer, ou farão com bem menos frequência, quando estiverem casadas. É nisso, queridas amigas, que vocês devem ocupar a mente, é nisso que vocês devem se preocupar. E entendam que o futuro de vocês está garantido em Cristo e não em algum marido, portanto, a vida profissional de vocês depende do caminho que vocês percorrerão juntos com Deus, e é nEle que vocês devem confiar sobre isso. Não espero mulheres super-resolvidas, mas filhas de Deus dispostas a fazer tudo por Ele, mulheres que ao invés de ficarem sonhando no vestido de casamento, ou na super festa que darão para a sociedade ver, sonham com suas vidas cada dia mais dedicadas a Deus, com suas horas gastas em oração, em estudo (Bíblico ou não), com ações sociais, e etc. E eu não tenho dúvidas, que assim como diz em Provérbios 31.30 vocês serão louvadas e reconhecidas pelo temor a Deus, e admiradas pelos verdadeiros homens de Deus.
Ronaldo Barboza de Vasconcelos.


[1] Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir (Paris, 9 de janeiro de 1908 — Paris, 14 de abril de 1986), foi uma escritora, filósofa existencialista e feminista francesa. Cf.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_de_Beauvoir

3 comentários:

  1. Gostei do texto, mas acho que faltou considerar a parte em que é dito que as mulheres devem ser amadas. É tão difícil encontrar famílias saudáveis em que as mulheres, tanto mães como filhas, sejam amadas. Penso que essa falha, ausência ou insuficiência gera uma carência que talvez você, meu querido primo, não entenda a profundidade dessa verdade por ser homem, que leva as mulheres a uma busca desesperada de um homem que as ame, as dê segurança e proteção que nós precisamos. É claro que Deus supre todas as nossas necessidades, mas se fosse simples assim, o mundo não teria tantos problemas causados por tantas necessidades diversas. Concordo plenamente que nós solteiras devemos lutar pelos nossos direitos, cuidar daquilo que nos compete biblicamente, incluindo planejamento do nosso futuro profissional e principalmente de que as nossas vidas não devem "orbitar" na busca de um homem, um casamento ou um relacionamento. Mas o que eu quero ressaltar é que essa busca é mais do que ter um homem, pode ser uma carência que muitas vezes vem de berço, dos maus relacionamentos com familiares e até mesmo com o (des)entendimento de Deus como pai. É inerente a mulher precisar sentir-se amada, protegida, segura. Se não fosse assim, quantas mulheres bem resolvidas na igreja e na vida não estariam nessa busca incessante?

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  2. Parabens primo, adorei. beijos

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